a toca do sr_raposo
é vero,
cortar as asas ao futuro fazendo-o razar a terra pode ser uma espécie de morte.
trabalho #2
trabalho numa zona rodeada de call centers.
todos os dias à entreda, saida e hora de almoço vejo os operadores com ar deprimido a fumar cigarro atrás de cigarro antes da hora de regresso ao trabalho.
já estive bem perto de trabalhar num sitio desses.
acho que ainda não estou assim tão longe e isso assusta-me imenso.
não acho que o trabalho tem algo de inferior ou coisa do género mas a alienação inerente é algo que me obriga a tremer.
esta é a minha homenagem aos valorosos que por necessidade (acho dificil que haja gente que goste de trabalhar num sitio assim) diáriamente trabalham em call centers.
trabalho #1
há uns dias junto ao 222 vi uma manifestação de trabalhadors em frente à sede da empresa a que pertenciam antes da respectiva falência. Eram cerca de cinquenta e atá pareciam animados. Lembro-me de ter pensado que não iam conseguir nada por serem tão poucos mas depois pensei que se calhar a empresa era pequena e que até podiam ser uma grande percentagem de trabalhadores.
Hoje lá estavam outra vez. Era menos à volta dos trinta. Já menos animados e sem a faixa. Cada vez mais penso que é apenas um esticar da corda irrelevante e que se calhar até eles sabem isso.
E tenho pena...
wishful thinking
rede
casa de praia
herbert secondhand sounds
fim de tarde mole e laranja
hum....
hey what's wrong with you people?
anda tudo meio caido ou é impressão minha?
que fazer quando nao se pode fazer nada? #1
fugir.
The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living.
para
si.
chill
adoro as tempestades de verão.
são como a rolha de champagne a saltar depois de ter aguentado a pressão.
ou a chaleira a chiar depois de aquecida.
ou a panela de pressão.
vomitório:
CARALHO!...
FODA-SE!!!
münchen
Por coincidencias de percurso acompanho os münchen desde o inicio do projecto. Cheguei a ver o primeiro concerto quando ainda eram só quatro e tocaram numa sala de estar do Palmeiras no remoto ano de 1999. Fiquei impressionado desde essa altura.
São diferentes, são frescos, são estimulantes, são melódicos, são experimentais, são antigos, são vanguarda, são tristes, são alegres e principalmente são sem ligar a mais nada. São o que são e porque o querem ser. No meu entender: são música tradicional futurista!
Os münchen são daquelas bandas que me fazem refulgir durante os seus concertos. Ontem isso não aconteceu mas não foi o melhor concerto da banda. Pertencem à classe de uns múm, puget sound, flaming lips, björk, air ou o gajo do andar de baixo em que durante os concertos eu simplesmente saio do passeio e levanto voo-mental para um outro elemento onde os meu cerebro flui sem rumo aparente. No final é a sensação de que algo se passou no meu interior. É música que não é apenas música, tem algo mais dentro que provoca uma espécie de movimento tese-antitese-sintese alla brecht e que obriga o espectador a criar a sua história. A minha história é quase sempre um hibrido de nostalgia infantil com alucinação de futuros e incerteza presente.
O concerto de ontem à noite no anfiteatro ao ar livre da Culturgest serviu apenas para me relembrar o quão bons são.
O som não estava no ponto mas de qualquer modo foi um espectáculo muito bonito. É uma pena que a bor land não tenha querido apostar numa edição própria do album, só lhes ficava bem juntar este disco aos que já pertencem ao catálogo. De qualquer modo a banda arrisca numa edição de autor que com sorte vai vender muito bem, só precisam que lhes prestem atenção.
eu admito
ontem devia ter ido ver les ballets c. de la b. ao ccb.
mea culpa pedro..
mea culpa..
(enquanto me chibato).
eu admito
fui contaminado pela histeria geral..
hoje vou ver o jogo a casa de amigos com jolas na mão..
amanhã suicido-me, isto é apenas um sinal dos meus problemas.
coco rosie em famalicao
e foi muito bom, muito bom.
as irmãs e companheiros estão de parabens.
p.s. quando for grande quero ser uma beat-box humana e se por acaso mudar de sexo uma cantora lirica alla bardajone stlyle..
Who was I?
bem de qualquer modo isto não é muito certo...
o primeiro não inseri o nome e entre outras coisas era uma prostituta transsexual do sec XVII..